O Cuiabá se destaca como o maior credor do Corinthians no plano de pagamento de dívidas aprovado pela Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD). Com um montante superior a R$ 18 milhões a receber do clube paulista, o Dourado verá essa quantia quitada em parcelas trimestrais ao longo dos próximos seis anos, conforme determinado pelo órgão criado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, expressou sua insatisfação com a decisão da CNRD, que prevê a correção do plano apenas pela inflação, sem a cobrança de juros. Dresch alertou para o risco de calote que medidas como essa podem gerar, principalmente contra clubes de menor porte, em uma entrevista ao ge.
A CNRD, órgão criado pela CBF, atua na resolução de conflitos e assegura o cumprimento das normas estabelecidas pela entidade máxima do futebol nacional. É nesse ambiente que questões como dívidas oriundas de transações de jogadores são debatidas quando os próprios clubes não chegam a um acordo direto.
O presidente do Cuiabá fez um apelo, recomendando que os credores não negociem com o Corinthians, destacando que cada um tem um valor a receber. A dívida do Cuiabá será dividida em 24 parcelas trimestrais, sendo a primeira em torno de R$ 780 mil. Dresch ressaltou que, devido ao parcelamento sem juros, um jogador comprado em 2024 terá sua dívida quitada apenas em 2031, representando um valor pequeno diante do faturamento corintiano.
A dívida ativa do Corinthians com o Cuiabá, em sua maioria, está relacionada à venda do volante Raniele, hoje titular no meio-campo do Timão. Após o não cumprimento do parcelamento acordado pela diretoria corintiana, o clube mato-grossense buscou a CNRD para assegurar o recebimento conforme o contrato firmado.
O plano de pagamento estabelece um valor mínimo progressivo para cada trimestre, aumentando ao longo do tempo:
Caso o Corinthians descumpra o plano de pagamento e atrase as parcelas, a CNRD possui a prerrogativa de proibir imediatamente o registro de novos atletas pelo clube.