A reprovação das contas do Corinthians em 2024 desencadeou uma nova crise política para Augusto Melo. A decisão do Conselho Deliberativo do clube não apenas aumenta a pressão sobre o presidente, mas também ressuscita a ameaça de impeachment que paira sobre ele.
De acordo com o estatuto do Corinthians, a reprovação do balanço financeiro é um dos motivos que podem acarretar na abertura de um processo de impeachment contra o presidente. Caso seja identificada má gestão ou irregularidades, o dirigente corre o risco de punições severas, podendo até mesmo ficar inelegível por uma década.
A votação ocorrida na última segunda-feira foi decisiva, evidenciando a queda do apoio político a Augusto Melo, que saiu derrotado por 130 votos a 73.
Nos últimos tempos, o presidente realizou alterações na diretoria e buscou apoio entre os membros do Conselho Deliberativo para tentar evitar a reprovação das contas, porém, sem sucesso.
Vale ressaltar que, segundo o rito de impeachment, o Conselho do Corinthians pode aprovar o afastamento temporário do presidente até que os sócios do clube deliberem sobre o impeachment.
Augusto Melo enfrenta, desde o ano anterior, um processo de destituição, originado por denúncias relacionadas ao caso VaideBet. Em janeiro, a admissibilidade do pedido de impeachment foi aprovada pelo Conselho, mas a votação do afastamento foi interrompida.
Desde então, o caso ficou em suspenso sob a supervisão do presidente do Conselho, Romeu Tuma Jr.
Paralelamente, a Polícia Civil investiga o caso VaideBet, com previsão de conclusão do inquérito na semana seguinte. O depoimento de Augusto Melo como investigado sinaliza que um possível indiciamento poderá agravar ainda mais sua situação política.
Eleito no final de 2023, o mandato de Augusto Melo se estende até o término de 2026, porém, a atual conjuntura política no Corinthians lança incertezas sobre sua permanência no cargo.