A dramaticidade da classificação frente ao Sergipe deu lugar a uma avalanche de gols do Botafogo na goleada por 7 a 1 sobre o Brasiliense, quarta-feira, no Espírito Santo. Missão cumprida, com motivos para comemorar, mas ainda muitas coisas que ainda podem melhorar.
O mais importante para o time, além da vitória e de ter avançado na Copa do Brasil, foi dar mais tranquilidade para Luís Castro e confiança aos jogadores.
O que deu certo?
Aproveitamento de chances: o time finalizou 15 vezes e teve um alto nível de acerto, com sete gols marcados - dois deles nos primeiros dez minutos de jogo. Destaque para Tiquinho Soares, que chutou quatro vezes e marcou três gols.
Bola parada: quatro dos sete gols alvinegros tiveram origem em uma cobrança de bolada parada (no gol de Eduardo, a origem foi um lateral). O sucesso neste tipo de lance deu a tranquilidade que o time precisava, mesmo quando o Brasiliense tentava reagir,
- As dinâmicas de bola parada têm sido bem evidentes. Se olharmos para o ano passado, chegamos rapidamente a conclusão de que 50% das nossas finalizações foram em lances de bola parada. É uma coisa que trabalhamos muito e em grande volume ao longo da semana. Temos tirado dividendos disso e estado bem nesse momento do jogo - afirmou Luís Castro.
Melhora da produção ofensiva: o retorno de Eduardo ao time foi um fator preponderante, já que o meia ajudou na articulação das jogadas e se aproximou mais de Tiquinho. Nas últimas partidas a equipe ficava mais dependente do que os pontas conseguiam produzir.
O que não deu certo?
Sistema defensivo: apesar de ter feito sete gols e conseguido uma vitória tranquila, o Botafogo teve dificuldades defensivas, principalmente no primeiro tempo. Um número que comprova: o Brasiliense finalizou ao todo 19 vezes, quatro vezes a mais que o Alvinegro.
Na segunda etapa, o time se arrumou melhor e passou a correr menos riscos. A missão agora é tentar ser mais equilibrado.
- Nós estávamos defendendo em 4-4-2, permitindo alguns espaços, passamos ao 4-1-4-1, corrigimos e resolvemos os problemas. É normal uma reação do Brasiliense a partir do momento que está em desvantagem - disse Luís Castro.
Ponta direita: Se na lateral direita o estreante deixou a esperança de mais estabilidade no setor, na ponta o técnico ainda não conseguiu achar dentro do elenco uma solução. Piazon ganhou mais uma chance, mas não rendeu satisfatoriamente, até por característica.
A diretoria segue no mercado em busca de uma alternativa para suprir essa carência.
O Botafogo volta a campo já neste sábado, no Luso-Brasileiro, para enfrentar a Portuguesa pela semifinal da Taça Rio.