O Botafogo voltou a tropeçar em casa na noite deste domingo, desta vez ao perder por 1 a 0 para o Cuiabá no Estádio Nilton Santos. Ainda líder do Campeonato Brasileiro, o Alvinegro viu sua vantagem na ponta cair para seis pontos para o vice-líder Palmeiras, seu próximo adversário. Em entrevista coletiva após a partida, Lúcio Flávio minimizou a menor diferença de pontuação e disse confiar que o time dará a volta por cima no confronto direto da próxima quarta-feira:
- Ao mesmo tempo que pode diminuir, pode aumentar. Nós vamos jogar e temos condições e capacidade para isso. O mais importante é atentar para o que tem sido feito. Foi mencionada a campanha dentro de casa. Isso é mérito da competência dos atletas. Segundo turno tem muito disso, essa dificuldade, porque cada um briga por um objetivo. O que nos resta é manter o foco, o trabalho, motivar os atletas. Acredito que a resposta eles vão dar no jogo contra o Palmeiras.
Este foi o quarto tropeço seguido do Botafogo em casa no Brasileirão. Ao analisar a partida, Lúcio Flávio destacou o volume ofensivo do time, citando o alto número de oportunidades e finalizações (29), e culpou o goleiro Walter, do Cuiabá, pela derrota neste domingo:
- Foi na competição o jogo que o time teve mais oportunidades e finalizações. O adversário conseguiu na única, um lance casual que acabou virando o gol. O que vejo de positivo é a situação do jogo. É um adversário que marca muito bem, fisicamente muito forte. A gente sabia que teria dificuldades contra um bloco muito baixo. Mesmo assim, tivemos vários finalizações. O lado negativo foi ter tomado o gol. Resta lamentar o resultado. Se tem um jogo que não merecia (perder) era esse, até pelo número de chances. Tem que ver também o mérito do Walter, que fez grandes defesas. A gente como mandante fez o que tinha que fazer, criar as chances. Do outro lado encontramos um goleiro em excelente noite.
Meta de pontos
- Na competição de pontos corridos, cada jogo é uma decisão. Estamos indo para a reta final, o que temos trabalhado é o jogo a jogo. Para alcançar o número mágico, temos que ultrapassar os 59 que temos. Até agora, foi um número importante que nos trouxe para a liderança. Na quarta temos um jogo importante contra um adversário que está um pouco mais próximo de nós na tabela. Temos dois dias para descansar os jogadores e trabalhar em cima de uma recuperação de resultado, já que perdemos.
Ansiedade do torcedor
- Temos que levantar a cabeça em relação ao jogo que fizemos e continuar trabalhando porque a competição ainda tem outras rodadas. Manter a cabeça erguida. A gente sabe o potencial do nosso time. Entendemos que o que aconteceu hoje não é o que nós esperávamos. Faz parte da competição acabar perdendo um jogo que não esperava. É um grupo forte que se abala com um resultado desse, mas sabe que vai ter a chance de mudar esse cenário em três dias.
Abel Ferreira jogando pressão?
- Isso é uma opinião dele (que o Botafogo é o favorito). Como profissional, ele tem as colocações e a visão dele. Entendemos que a competição foi se desenhando em razão de um trabalho feito por todos os profissionais que estão aqui desde o início por mérito. É uma opinião do nosso próximo adversário. Precisamos apenas acreditar no que tem sido feito. Opiniões externas não vão mudar nosso comportamento. Vamos confiar no nosso dia a dia.
Foco no Botafogo
- Só depende de nós, do esforço, do trabalho e dos resultados que nós alcançarmos. Uma derrota como essa precisa ligar o alerta porque é uma competição de pontos corridos, porque quando você não ganha e os outros ganham, tem uma aproximação natural. É focar no que tem sido feito. Hoje foi um jogo que mostramos uma ótima capacidade ofensiva, mas infelizmente o gol não saiu e acabamos derrotados.
Trabalho de finalizações
- O jogador quando tem um período maior para treinar, a gente aproveita esses momentos para eles poderem estar criando situações no treinamento para desenvolver, repetir. O mais importante em uma situação como essa foi de fato a forma como a equipe, diante de um adversário bem postado, teve muitas chances. A gente teve nove finalizações no gol, mais do que o total do adversário. Mesmo assim, acabou não entrando.
"Contra tudo e contra todos" mascara problemas?
-Não vejo dessa forma. Em um primeiro momento você acaba até pensando nisso. Por exemplo, nós estávamos na iminência de viajar para Fortaleza, acabou o treino. Após o treino ficamos no CT. Quando veio a notícia que não teria a partida, já começamos a preparar para o jogo contra o Cuiabá. A partir do momento que o jogador entra em campo, ele não pensa em mais nada, só no adversário. Nos preparamos ao longo de todos esses dias assistindo vídeos do Cuiabá. Preparando para um adversário que sabíamos que seria difícil. Não vejo dessa forma. Os jogadores têm totais condições de passar por situações como essa porque são experientes e certamente vão dar essa resposta e dar a volta por cima depois do resultado negativo.