Funcionou duas vezes, numa delas em uma jornada épica: o São Paulo perde um jogo de ida de mata-mata fora de casa, mas consegue a virada em casa com o Morumbi abarrotado e “hostil” – termo que torcedores têm usado para descrever a própria participação no estádio.
Foi assim contra o San Lorenzo, na Copa Sul-Americana, foi assim principalmente contra o Corinthians, na Copa do Brasil. Partidas em que o time, empurrado pelo ambiente criado em seu estádio, amassou adversários e conseguiu a classificação.
Mas o São Paulo não pode se fiar apenas nisso. É preciso jogar mais como visitante. Contra a LDU, o 1 a 0 na volta foi insuficiente – o time acabou eliminado nas quartas de final da Sul-Americana nos pênaltis.
Na final da Copa do Brasil, a partir de domingo, o São Paulo mais uma vez fará o jogo de ida como visitante – contra o Flamengo, no Maracanã, às 16h. Contra um rival em crise, mas com atletas capazes de decidir partidas sozinhos, não pode dar chance ao azar.
Mas os sinais deixados no último teste antes da decisão foram ruins. No Beira-Rio, foi derrota pelo Internacional por 2 a 1 no Brasileiro, torneio em que até agora não venceu fora de casa.
Com força máxima em campo, após duas semanas só de treinos, o São Paulo não demonstrou evolução. Foi estéril, criou muito pouco – o gol saiu num pênalti cometido pelo goleiro Keiller em cima de Alisson após falha incrível.
O técnico Dorival Júnior escalou um time que deve ser muito parecido com o que enfrentará o Flamengo, domingo. A dúvida principal, hoje, é sobre a participação de Arboleda, que se machucou em jogo da seleção do Equador – contra o Inter, Diego Costa foi escalado.
A Copa do Brasil ganhou ares de “ou vai ou racha” para o São Paulo.
Fora da Sul-Americana e na 12ª posição no Brasileiro, o time corre o risco de ficar sem jogar a Libertadores pelo terceiro ano seguido se não bater o Flamengo.
No jogo de volta, dia 24, o estádio tricolor estará lotado, haverá festa nas arquibancadas. Jogar bem fora de casa será o primeiro passo para que a festa continue no Morumbi depois da partida.