O ex-jogador David Beckham recebeu severas críticas por parte de organizações e nas redes sociais por promover no Catar uma campanha publicitária do país, que a partir do dia 20 de novembro receberá a Copa do Mundo.
"É a perfeição para mim. É um lugar incrível para passar uns dias. Tenho vontade de levar meus filhos", disse o astro inglês sobre o país, em vídeos para a Qatar Tourism (assista abaixo ao comercial).
Is David Beckham wrong to promote Qatar ahead of this year’s World Cup?
He’s been slammed for a slick advert encouraging tourists to the Middle Eastern country.
Campaigners have said he’s ignoring the country’s poor human rights record.
Do you agree?
pic.twitter.com/TMMvUkKYK6— Jeremy Vine On 5 (@JeremyVineOn5) September 1, 2022
Segundo a imprensa britânica essa campanha rendeu 10 milhões de libras (R$ 60 milhões) a Beckham.
Nos vídeos da campanha, Beckham é visto sobre uma moto, em um barco, no deserto sob uma tenda acompanhado de homens vestidos com a roupa tradicional do país em um mercado de especiarias. Beckham também destaca em seu discurso "a mistura entre o moderno e o tradicional" e considera que esse traço desperta "algo realmente especial".
Desde que foi sorteado como país-sede da Copa do Mundo de 2022, o Catar foi o foco principal das organizações de defesa dos Direitos Humanos, especialmente pelas condições de trabalho na construção da infraestrutura para o torneio e pela situação das minorias sexuais.
Nas redes sociais o ex-jogador foi duramente criticado. Inúmeras mensagens ligavam o astro à posição jurídica da comunidade LGBTQIA+ no Catar. A ONG Anistia Internacional condenou a campanha publicitária, apontando "a lamentável situação do país em relação aos direitos humanos".
- A popularidade no mundo e o status de Beckham são ouro para o Catar, porém ele deveria utilizar essa imagem para pedir à Fifa e as autoridades do Catar que cuidem dos terríveis abusos às dezenas de milhares de trabalhadores imigrantes nas obras de infraestrutura para o mundial - declarou Felix Jakens, um dos responsáveis pela Anistia Internacional no Reino Unido.