A zagueira brasileira Rafaelle, jogadora do Arsenal, da Inglaterra, tem vivido semanas de reconhecimento após a conquista da Copa América com a Seleção Brasileira. No Brasil, a baiana foi recebida em Cipó, sua cidade natal, com carreata seguida por uma multidão. Já de volta à Inglaterra, no último sábado (27), foi a vez dos gooners homenagearem suas campeãs no intervalo do jogo entre Arsenal e Fullham, pela Premier League.
— Viver esse momento de celebração no Emirates Stadium com 60 mil pessoas foi muito marcante na minha carreira. E não só como atleta, mas também como pessoa. É uma valorização muito grande do nosso trabalho, do que temos conquistado no dia a dia e uma conquista também do Brasil, pois conseguimos levar o nome do Brasil para ser exaltado na Europa — disse Rafaelle.
A jogadora brasileira chegou ao Arsenal em janeiro de 2022 e é uma das preferidas da torcida, com grande apelo nas redes sociais do clube. O encontro com o público inglês no último final de semana já extrapola para além do estádio, como conta Rafaelle.
— É engraçado, mas depois desse momento marcante hoje as pessoas me cumprimentam na Inglaterra. Fui encontrada na rua e falaram “você é jogadora do Arsenal, eu te vi no estádio!”. E no aeroporto também fui reconhecida antes de embarcar para vir para a Seleção. Então isso já marcou a minha carreira, tem tomado proporções muito grandes. É esse o caminho do futuro do futebol feminino e eu estou muito feliz de estar participando disso.
Antes do retorno da Women’s Super League, no dia 11 de setembro, contra o Manchester City, Rafaelle terá dois compromissos com a Seleção Brasileira contra a África do Sul. Experiente, a jogadora disputou duas Copas do Mundo e duas Olimpíadas. Mesmo que no currículo constem as conquistas do Sul-Americano Sub-20 (2010), do ouro no Pan-Americano (2015) e do bicampeonato da Copa América (2018 e 2022), a defensora garante que o momento vivido atualmente é diferente.
— Realmente eu não esperava esse impacto, nem durante ou depois da Copa América. Foi bem diferente dos últimos anos, porque não foi a primeira Copa América que eu ganhei, fui campeã também com o Brasil no Chile, em 2018. Mas a repercussão dessa Copa América foi assustadora, positivamente falando — finalizou Rafaelle.