De vilão a herói. O atacante Sadio Mané foi o personagem principal na dramática conquista do Senegal da inédita Copa Africana de Nações. No tempo normal, ele desperdiçou o pênalti que poderia dar o título ao Senegal, mas conseguiu se redimir na última cobrança. Mané foi o autor do gol da vitória, nos pênaltis, dos senegaleses diante do Egito, por 4 a 2, no estádio Olembe, em Yaoundé, Camarões. No tempo normal e na prorrogação, os times empataram sem gols.
Com uma campanha invicta, o Senegal conquistou, pela primeira vez, o título da competição. O time venceu cinco partidas, sendo a final nos pênaltis, e empatou duas. Já o Egito chegou na final sem o mesmo brilho. Maior vencedor da história da competição, o Egito quase ganhou o troféu sem vencer nenhuma partida no tempo normal no mata-mata foi para a prorrogação nas quatro partidas eliminatórias e precisou de pênaltis para vencer a Costa do Marfim nas oitavas de final e Camarões nas semifinais.
Além do gol do título marcado por Mané, que também foi eleito o melhor jogador da competição, o Senegal contou com uma bela atuação do goleiro Mendy, do Chelsea. Eleito o melhor do mundo pela Fifa no ano passado, ele defendeu uma cobrança na disputa de pênaltis e parou o ataque do Egito no tempo normal e na prorrogação.
O jogador do Chelsea ficou também com o troféu do melhor goleiro do torneio. Uma virada na carreira do atleta de 29 anos, que quase abandonou o futebol em 2015, quando se registrou como desempregado numa agência na França. Na época, ele defendia clubes de divisões inferiores do futebol francês.
A final deste domingo também serviu como prévia do duelo de março, quando as duas seleções vão decidir uma vaga na Copa do Mundo do Catar de 2022. Os confrontos serão em jogos de ida e volta.