Acredito que você conhece ou já ouviu falar no Nilson "Pirulito" ou Nilson "Matador". E o nosso papo de hoje (28), foi com esse gigante da história do futebol.
Nascido no dia 19 de novembro de 1965, em Santa Rita do Passa Quatro (SP), Nilson, um centroavante negro, alto e magro, biotipo que lhe valeu o apelido de "Nílson Pirulito", destacou-se como goleador em vários clubes brasileiros e de outros países.
Começou sua carreira no Sertãozinho, no interior paulista, com grande destaque em 1983. Em 1985 jogou pela Sociedade Esportiva Platinense e em 1988, pelo XV de Jaú, onde foi o terceiro artilheiro do Campeonato Paulista deste ano. “Dei início a tudo isso no Sertãozinho Futebol Clube, na intermediária na época, isso em 1983, ali tudo começou. Tive que parar para servir o exército, mas em 1985 eu retomei e dei sequência a minha carreira futebolística”, adiantou.
Daí, Nilson foi passando de clube em clube, fazendo história em cada um deles. Ao todo foram 27 clubes, que são eles: Sertãozinho (1983-1984), Platinense (1985), XV de Jaú (1986-1987), Ponte Preta (1987), Internacional (1988-1989), Celta (1989), Grêmio (1990), Portuguesa (1991), Corinthians (1992), Flamengo (1992), Fluminense (1993), Albacete e Valladolid (1993/94), Palmeiras (1995), Vasco (1996), Tigres (1996), Atlético Paranaense (1997), Sporting Cristal (1998), Atlético Mineiro (1998), Santo André (1999), Universitário (2000), Santa Cruz (2000), Rio Branco (2001), Portuguesa Santista (2002), Atlético Sorocaba (2003), Flamengo-SP (2004), e por último o Nacional (2005).
Foram muitos, mas cada um deles tem uma marca na vida de Nilson. “Todos os clubes são marcantes na carreira, todos os clubes me marcaram, mas eu tenho um especial que é o Tigres do México, eu tive uma passagem fantástica, tanto do tratamento dos mexicanos, com clube, estrutura e torcedores, até hoje nos falamos. O Tigres ficou marcado demais na minha carreira, foram 38 jogos e 31 gols, fui campeão mexicano e artilheiro," disse.
"E também no Internacional de Porto Alegre, o famoso Gre-Nal do Século, aonde na semifinal do brasileiro de 88/89, nos perdíamos o de 1 a 0 no primeiro tempo com um homem a menos, e no segundo tempo nós conseguimos virar o Grenal por 2 a 1, e eu tive a felicidade de marcar os dois gols, onde entrou para a história”, completou.
Além do Gre-Nal do Século, muita coisa marcou a carreira do centroavante. “Teve também o jogo do Corinthians contra o Bragantino, que eu faço um gol com a clavícula, com uma luxação o braço totalmente imobilizado, e eu faço o gol. Já tinha feito um gol de pênalti e no finalzinho eu faço o segundo, isso marca muito, principalmente para a torcida do Corinthians a Gaviões da Fiel, o corintiano gosta disso de raça dentro de campo”, pontuou ainda.
Questionado sobre o faro de fazer gols, Nilson pontuou que é fruto de muito trabalho. “Trabalho, o dom que já vem de Deus, de jogar futebol e de ter a frieza de quando estou cara, cara com goleiro. Trabalhar demais durante a semana, para quando tiver a oportunidade saber o que fazer”, falou.
Gratidão
Depois de tanta história, o artilheiro dos anos 80 e 90, afirmou que é muito grato ao futebol. “O futebol na minha vida representa tudo, eu sou grato ao futebol, acho que tudo que eu tenho na minha vida, o futebol que me deu. Então, só tenho a agradecer, nada a lamentar, acho que minha carreira foi perfeita foi brilhante, o futebol pra mim foi tudo e continua sendo. Pra definir o futebol em uma palavra, somente Gratidão”, pontuou.
Hoje, Nilson vive com a família em São Paulo, e ainda bate uma bolinha. Ele joga no Masters do Corinthians, Palmeiras, Seleção Brasileira e Seleção Paulista. “O cara que jogou futebol quando ele para, dificilmente e deixa de bater a sua bolinha, e desde quando eu parei em 2005, até hoje, enquanto Deus permitir, me der saúde e força eu vou estar dentro de campo, levando alegria aos torcedores”, finalizou.