O bilionário Jim Ratcliffe, atual gestor do Manchester United, enfrenta desafios em sua administração do clube. A recente polêmica sobre a possível demolição do estádio Old Trafford, um dos símbolos da equipe, para dar lugar a uma nova arena tem gerado reações intensas entre os torcedores. Ratcliffe reconhece as críticas e afirmou que não deseja repetir os episódios de protestos vividos pela família Glazer, que anteriormente comandava o clube.
Em entrevista ao jornal "The Times", Ratcliffe declarou que, apesar de não se preocupar em ser impopular, está ciente do impacto emocional das pressões: "Ninguém está satisfeito com a situação do Manchester United e com as decisões difíceis que temos que tomar. Se isso resultar em críticas, estou preparado para lidar com elas. No entanto, a pressão pode se tornar insustentável, principalmente para amigos e familiares. Se os protestos atingirem um nível semelhante ao enfrentado pelos Glazers, talvez seja necessário reconsiderar minha posição".
Ratcliffe adquiriu 25% das ações do Manchester United em fevereiro de 2024, assumindo maior influência sobre a gestão do clube e reduzindo o controle dos Glazers, que estiveram à frente da equipe por quase 20 anos. Durante esse período, a família enfrentou manifestações frequentes dos torcedores, algo que agora recai sobre Ratcliffe. Ele também mencionou que, desde sua chegada, os antigos proprietários não têm participado ativamente das operações do clube.
A administração de Ratcliffe também trouxe mudanças significativas no clube. Diante de dificuldades financeiras, aproximadamente 250 funcionários foram desligados, e as cantinas do estádio, onde colaboradores faziam refeições gratuitamente, foram desativadas. A incerteza sobre o futuro do Manchester United persiste, com desafios estruturais e financeiros a serem superados. A relação entre a diretoria e os torcedores segue como um fator crítico para a estabilidade do clube nos próximos anos.
