O ex-jogador de futebol espanhol, Gerard Piqué, está no centro de uma investigação judicial que questiona a legalidade de sua participação na transferência da Supercopa da Espanha para a Arábia Saudita. O processo, marcado para o dia 14 de março, irá avaliar se a atuação de Piqué na mediação desse acordo foi irregular, conforme informações obtidas pela AFP.
Contratos e Acordos Sob Suspeita
A investigação foca em possíveis irregularidades e implicâncias criminais na negociação entre a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e a Arábia Saudita. Em questão estão contratos no valor de 40 milhões de euros anuais para a competição no país árabe, incluindo cláusulas que envolvem a Kosmos, empresa ligada a Piqué, com uma comissão anual de 4 milhões de euros. A Kosmos, mediada pelo ex-zagueiro do Barcelona, facilitou a realização da Supercopa na Arábia Saudita a partir de 2020.
A investigação contra Piqué surge no contexto de um processo contra o ex-presidente da RFEF, Luis Rubiales, por suspeitas de corrupção e negociações irregulares durante seu mandato. O acordo para transferir a Supercopa para a Arábia Saudita foi assinado sob a gestão de Rubiales, trazendo ainda mais complexidade às investigações em andamento.
Desdobramentos e Contexto
A data da audiência de Piqué coincide com o desfecho do julgamento de Rubiales por acusações de agressão sexual e coação. O ex-presidente foi alvo de críticas por um episódio em que beijou a jogadora Jenni Hermoso na boca durante a cerimônia de premiação da Copa do Mundo Feminina de 2023, conquistada pela Espanha em Sydney.
A presença de Piqué perante o juiz representa um momento crucial nas investigações em curso, lançando luz sobre questões que envolvem o futebol espanhol e suas conexões com a Arábia Saudita. O desenrolar desses eventos promete trazer revelações importantes sobre as práticas e os bastidores do esporte, além de impactar diretamente a reputação de figuras proeminentes como Piqué e Rubiales.
