Gabriela Leveque tem apenas 17 anos e já se destaca no futebol pelas categorias de base. Atualmente, a goiana é camisa 10 do Santos, atuando pelo Sub-17 e Sub-20. Entretanto, sua relação com o esporte vem desde cedo.
Aos 5 anos, Gabriela começou a praticar judô, conquistando o título de campeã goiana da modalidade. Ao mesmo tempo, ela dividia sua paixão também com o futsal, esporte que também lhe rendeu títulos. No momento de decidir qual dos dois seguir, a atleta escolheu o futebol.
Inicialmente em escolinhas tradicionais, ao completar 15 anos Gabriela precisou buscar treinamentos voltados para o futebol feminino. Ainda em Goiânia, a atacante conseguiu títulos em categoria mista, bem como no futsal, como Campeã Goiana Sub-15, competição que conquistou a artilharia, com 27 gols.
Para dar o próximo passo, foi preciso coragem. Gabriela se mudou para São Paulo, saindo de seu estado e de perto de seus pais, para jogar nas categorias de base do Santos. Por lá, a jogadora conquistou o Campeonato Paulista de 2020 e foi vice do Brasileirão. Apesar das dificuldades, Gabriela reconhece a importância de ter paciência e objetivos claros. “Vão ser anos trabalhando para você conseguir chegar nos seus objetivos”, destaca.
Quando questionada sobre a evolução do futebol feminino, Gabriela reconhece que há um avanço, mas ainda está longe de atingir o protagonismo esperado. Com isso, ela reforça a importância principalmente para as meninas da base, pois entende que serão elas que irão suprir o profissional. “Nós seremos as próximas Martas, as próximas Cristianes. As mulheres ganhando mais destaque, conseguiremos conquistar nossos objetivos e diminuir essa distância entre o futebol masculino e o feminino”, afirma.
No futuro, ela espera conseguir atuar profissionalmente na Europa. Afinal, por ter dupla cidadania e nacionalidade francesa, o processo seria facilitado. Entre tantas possibilidades, a atleta destaca que o mais gratificante para ela é fazer o que ama todos os dias. Apesar de ter suas responsabilidades, ela não considera o futebol um trabalho. “Mesmo tendo o compromisso de treinar, apesar dos momentos difíceis, estou fazendo o que amo e é como viver de férias todos os dias”, pontua.