O Palmeiras enfrenta o Ituano pela semifinal do Campeonato Paulista neste domingo, às 16h, no Allianz Parque. Com todos os titulares à disposição, o técnico Abel Ferreira vai levar uma dúvida até a hora da próxima escalação.
Ela surge das quartas de final contra o São Bernardo, quando o treinador escolheu Bruno Tabata para jogar no lugar de Endrick. Após a vitória, Abel explicou o motivo taticamente.
A pergunta agora é se o meia-atacante seguirá em campo, ou o jovem de 16 anos volta ao seu lugar. A escalação, a princípio, deve ter: Weverton, Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Zé Rafael, Gabriel Menino e Raphael Veiga; Rony, Dudu e Endrick (Bruno Tabata).
– Não se trata de uma simples escolha entre um jogador e outro, mas, principalmente, entre uma ideia e outra – disse Lozetti.
– É verdade que a busca pela alternativa com Tabata se deu por um desempenho abaixo do esperado de Endrick, sobretudo no que era seu carimbo na base: os gols. Porém, Tabata nunca foi seu reserva – completou.
O campinho abaixo ajuda a entender um pouco mais sobre como o Palmeiras pode se portar atacando com Bruno Tabata, como na vitória contra o São Bernardo, por 1 a 0, nas quartas de final do Paulistão.
Ofensivamente, Rony volta para a posição de centroavante, Dudu fica na esquerda e Bruno Tabata aberto na direita. Muito como atuava Gustavo Scarpa, construindo as jogadas de ataque ao lado de Raphael Veiga.
– Ao entrar, ele permite a Rony voltar à posição na qual mais se destacou, a do centro do ataque, movendo-se para ambos os lados e atacando a área com mais frequência para fazer gols como o que rendeu a vaga na semifinal do Paulistão – comenta Lozetti.
Neste esquema, Bruno Tabata, Gabriel Menino e Marcos Rocha mostraram que podem fazer boas triangulações pela direita. Veiga procura o espaço no meio-campo, e Dudu fica aberto na esquerda esperando uma bola longa para partir no um contra um.
– Com Tabata, o Palmeiras ganha também em construção, já que passa a ter mais um jogador em sua linha de três com capacidade de associar-se aos companheiros. Isso tudo em teoria, levando em conta as características de cada um. Nem sempre funciona automaticamente na prática.
Ao mesmo tempo, o time pode ficar um pouco mais previsível. Tabata fica mais fixo na direita. Com Endrick em campo, Rony e Dudu costumam alternar de lado constantemente. Movimentação que pode causar desconforto na zaga adversária.
– Endrick tem força, arrasta adversários, mas ainda não aprendeu a usar sua vitalidade numa pressão mais eficiente sobre os zagueiros. Normal, estamos falando de um adolescente. São duas boas opções. Abel pode escolher de acordo com a necessidade de cada jogo até que um deles se mostre confiável o bastante para integrar a base já conhecida do time – finalizou Lozetti.
Diferente do São Bernardo, o Ituano não joga com uma linha de três zagueiros. Logo, a explicação para ter Bruno Tabata em campo nas quartas de final, para inutilizar um dos defensores adversários, pode não valer exatamente para o rival deste fim de semana.
Bruno Tabata, porém, conseguiu dar uma resposta em campo, que agora gera uma "dúvida boa" para Abel Ferreira e o Palmeiras.